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O presidente do Comitê Nacional de Secretários de Fazenda (Comsefaz), Rafael Fonteles, afirmou nesta terça-feira (28) que a proposta do governo de transferir mais R$ 400 bilhões aos estados e municípios em 15 anos por meio do chamado pacto federativo é uma medida “importante” mas “insuficiente” para atender às necessidades dos estados.
Fonteles e secretários estaduais de Fazenda participaram nesta terça em Brasília de uma reunião para discutir a proposta do governo.
Segundo ele, com esse dinheiro “dificilmente vai se encontrar uma equação” para compensar perdas de recursos de exportações (Lei Kandir), do Fundo de Participação dos Estados (FPE) e do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb).
Sobre o Fundeb, que acaba neste ano e cuja prorrogação está sendo discutida no Congresso Nacional, Fonteles afirmou que todos os estados são favoráveis ao aumento da complementação da União – atualmente, a União participa com 10% adicionais.
“Alguns [estados] querem até 40% [de aumento da complementação da União], gradativo, outros falam em 20%. Claro que esse é um debate que vai acontecer dentro do pacto federativo. Tem que ser algo gradativo. A União não pode aumentar de uma vez. Tem de ter a fonte definida para isso”, declarou.
O presidente do Comsefaz lembrou que os recursos do Fundeb são importantes para pagar o reajuste dos professores, de 12, 84% neste ano, com base em lei de 2008. Com o reajuste, o piso salarial dos professores da educação básica em início de carreira passou de R$ 2.557,74 para R$ 2.888,24.
Segundo Fonteles, a maioria dos secretários de Fazenda dos estados defendeu mudança na sistemática de reajuste para os próximos anos.
“A ideia é criar um grupo de trabalho para rediscutir essa metodologia, mas dentro do âmbito dessa nova reformulação do Fundeb, sob pena de a maioria dos estados não conseguir dar esse reajuste, quando ele atinge esse valor muito elevado”, declarou.